Tribunal Alemão expõe escândalo: ISP enganou clientes com “fibra ótica falsa” em pacotes de Internet!

O escândalo rebentou na Alemanha: o Tribunal Regional de Koblenz condenou a operadora 1&1 por enganar os seus clientes ao anunciar falsos serviços de “fibra ótica”, quando na verdade parte da ligação era feita com cabos de cobre. A decisão surgiu após uma investigação da Federação das Organizações de Consumidores da Alemanha, que revelou que milhares de utilizadores estavam a ser induzidos em erro pelas promessas de “fibra ótica pura”.

Segundo o tribunal, a 1&1 promovia o seu serviço “Fiber Optic DSL” como sendo totalmente baseado em fibra ótica, mas a verdade é que os cabos de fibra terminavam nas caixas de distribuição da rua ou nos edifícios, onde o restante trajeto até às casas dos clientes era feito através de cabos de cobre. Essa parte final, conhecida como “última milha”, podia chegar a quase um quilómetro.

A empresa usava tecnologia de “vectoring” para melhorar o desempenho do sinal e oferecer velocidades até 100 Mbps, fazendo parecer que os clientes estavam a usufruir de uma ligação 100% em fibra. No entanto, segundo os peritos, esta velocidade é típica de uma ligação DSL convencional — bem longe da performance real da fibra ótica.

O tribunal concluiu que a 1&1 explorou o desconhecimento técnico dos consumidores ao publicitar os seus planos com expressões como “1&1 Fiber Optic DSL”, o que levava muitos a acreditar que estavam a pagar por uma ligação integralmente em fibra. A Federação dos Consumidores reforçou que “quem promete fibra ótica mas só entrega DSL está a enganar o cliente”.

Embora os preços praticados fossem semelhantes aos de planos DSL, a apresentação comercial — repleta de termos técnicos e ícones de “fibra ótica” — criava uma ilusão de tecnologia superior. A justiça alemã considerou que as informações em letra pequena, onde se mencionava o uso parcial de cobre, não eram suficientes para evitar o engano.

Apesar da vitória dos consumidores, a decisão ainda não é definitiva. A 1&1 recorreu da sentença, o que significa que a empresa pode continuar temporariamente a usar o termo “fibra ótica” nas suas campanhas. Tudo dependerá agora do veredito do tribunal superior, que poderá obrigar a operadora a alterar toda a sua estratégia publicitária.


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